terça-feira, 14 de junho de 2011

Aquelas que nem às paredes confessamos...

[Na minha casa há muitas escovas de dentes. Eu própria tenho 3 diferentes. Uma eléctrica e uma manual no lavatório, uma no chuveiro. Para além das minhas, há a de Picolé. No copo ao lado, há mais duas que não pertencem a nenhum habitante desta casa. A do N que dormia comigo quando se enfrascava e não tinha condições para ir para casa e cujas noites acabavam invariavelmente com ele a perguntar se era naquele dia que nós íamos dar uma cambalhota e eu a responder que se calasse e dormisse. Ao que ele obedecia religiosamente. E agora há também a da J. Eu pego numa caneta de acetato. Escrevo-lhes o nome no cabo, ponho-lhes uma tampa e ali ficam até eu chegar à conclusão que seus donos tão cedo não voltarão a cá dormir. A do N já devia ter ido para o lixo mas eu deixo-a ali com esperança de que ele, um dia, se aperceba que namora uma hárpia e ganhe juizo. A da J é recente e ainda está dentro do prazo de validade. Havia uma terceira até há bocado. Uma terceira que vivia no meu necessaire. Eu pensei em colocá-la directamente no lixo do wc. Mas confesso que me deu um certo gozo despejar viakal e esfregar os orifícios do chuveiro com ela... Estavam com calcário... E eu nunca disse que era boa pessoa, pois não?]

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