terça-feira, 3 de maio de 2011

Tu estudaste os sinais da tragédia na faculdade, não estudaste, Ice Maria?

Temos então um amigo no gmail a perguntar se pode dar o meu número a um gaijo. São negócios, senhores. Negócios, tá? E assim sendo, disse que sim. Ao que amigo me responde:

Amigo: O teu número já está nas obras.
Ice: Ao menos os trolhas são alguma coisa de jeito?
Amigo: É para um engenheiro. Não sei se é giro
Ice: Bolas... Nada de fotografias? Link do facebook?
Amigo:    nunca o vi
IceTu não és meu amigo...
Amigobolas... arranjo-te um engenheiro de mão beijada...
Ice: Pronto, pronto... Deixa... Pode ser que não seja sósia do Pinto da Costa...
Amigoah... pelo que me estão a dizer o aspecto daquele gajo. oh porra. como é que ele se chama. o gajo que fez o van helsing. não me lembro
Ice: Anthony Hopkins? (Desculpem lá mas a minha cultura é clássica! Benefits of a classical education, tá? Se me falam de van Helsing, a minha mente foge para o Drácula de Bram Stoker!)
Amigonão. isso era o lobisomem
Ice: O HUGH JACKMAN????
Amigosim. isso. mas com barba. curta. tipo, barba por fazer
Ice: Dá-lhe o meu número. Já!!!
Amigoai mãe

IceOuve lá... Como é que se chama o teu engenheiro 'Hugo'?
Amigo: Não sei.
IceE como é que eu sei se é ele que me está a ligar?
Amigoprovavelmente dirá que vai da parte do engenheiro V. (!!!!!)

Considerando que o último que veio 'da parte' de um engenheiro V. foi mesmo o Mr. Big e nós temos ainda bem presente como isso correu bem, eu diria que está na hora de rever a matéria de Introdução aos Estudos Literários, secção da tragédia: se analisarmos bem os sinais ao longo do enredo, facilmente conseguimos ver todos os indícios da desgraceira que vai ser. Eu diria que no caso do van Helsing, já temos a seguinte pontuação:

Indicio de Tragédia: 1
Indicio de Final Feliz: 0

O Universo sabe que se eu regesse as minhas decisões com base nesta análise literária, muita merda se evitaria. É que para quem estudou isto, há sinais tão evidentes que nunca nos escapam. Nós (eu) é que achamos que é tudo fruto da nossa imaginação efervescente e dos muitos livros que lemos.

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