Ice: Boa tarde. Precisava de alguma coisa para a cabeça.
Farmacêutica: Que sente?
Ice: Cansaço. Tem alguma coisa para uma gaija que trabalha todo o dia, estuda à noite e é mãe solteira de um Picolé?
Farmacêutica: Eu não sei porque é que fazem isso...
Ice: Fazemos o quê? Trabalhar? Pois que tenho contas para pagar e tal... Picolé? Pois que já me habituei a ele. Agora aborrecia-me assim um bocadito ficar sem ele. Estudar?
Farmacêutica: Estudar, pois. Para quê?
Ice: Olhe... Assim, de repente, não lhe sei responder. Mas se me der os comprimidinhos e eles fizerem efeito, eu tenho a certeza de que me vou lembrar da razão e para a semana passo por cá e digo-lhe, tá?
Qualquer dia, nem do meu nome me lembro... Ao Picolé, já chamei Sorvete a semana passada. Foi bonito de ver a carita do gaijo a olhar incrédulo para mim...
1 comentário:
A farmacêutica, que passou 6 anos a estudar diz que não sabe por que é que as pessoas estudam? Logo ela que é obrigada a fazer formações contínuas ao longo dos anos? Diria que há ali algum ressabiamento, se calhar não sabia que ia ser obrigada a estudar para o resto da vida e não compreende quem estuda mais por opção.
(e isto sou eu a ressabiar contra os meus coleguinhas que não sabem pôr-se no lugar deles)
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