Escrevia mais quando, absorta no diálogo alheio, notava algum olhar estranho fixo em mim.
Sim, eu escrevia mais quando se fumava nos cafés. Como agora que escrevi porque neste café se fuma e o rapaz da mesa do fundo, com seu brinco estranho, me sorri do outro lado da sala e o estranho de fato e barba mal feita (ou será desfeita) deposita todo o seu fascínio na esferográfica que empunho.
Sim, eu escrevia mais quando se fumava nos cafés e ainda escrevo.
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