quarta-feira, 30 de maio de 2012

No good deed goes unpunished


Temos, então, que ontem era dia de teste conforme se pode comprovar pela produção de posts. Temos, então, que era segunda chamada uma vez que aqui a menina teve uma ataqueta de indisposição que não lhe permitiu comparecer à primeira.

Posta na universidade, dirigi-me à senhora professora e anunciei minha presença. Ela informou-me que se havia esquecido do enunciado do meu teste. Mas não havia problema, ela tinha ali com ela o enunciado que havia sido usado para o teste da turma de dia e eu podia fazer esse.

Acontece, porém, que aqui esta menina tinha tido acesso a esse enunciado há umas 2 ou 3 semanas. Acontece até que ali, mais ou menos, entre o 2º e o 3º post de ontem, estive a resolver esse teste. Se eu podia ter ficado calada? Podia... Mas não... "Professora, não pode ser. Eu já vi o enunciado e até já o resolvi." "Pronto, Ice. Fazemos então para a semana?" "Com certeza..."

Bonito, não é? E até foi genuíno. Não foi medo de que ela descobrisse nem nada. Foi sinceridade pura.

Saída da faculdade, dirijo-me ao parque de estacionamento. Quando vou pagar, faltam-me 2 cêntimos... 2 míseros cêntimos! Vou ao carro e vasculho tudo em busca de uma puta de uma moeda. Encontro, finalmente, uma de 5 cêntimos. Volto à máquina e, entretanto, já passara a barreira de mais um quarto de hora e agora já faltam 12 cêntimos. Percorro não sei quantas ruas à procura de um multibanco. Encontro, consigo, finalmente, pagar e vou à minha vida!

Por vida, entenda-se ir pôr gasolina que o gaijo tem a mania de não andar sem isso. Boto o combustível na viatura, vou à loja pagar e, quando estou a menos de 1 metro do carro, ele começa a andar para trás!!! Sozinho. Qual filmezito... Visualizo mentalmente a ausência de puxada do travão de mão. Boto-me a correr, enfio a chave na fechadura (claro que o comando está avariado!), abro o carro, a descida a acentuar-se, eu a tentar abrandá-lo, quiçá naquela de me atirar em voo lá para dentro. Já estou, qual filme parvo, de porta aberta, de costas para a porta, a imaginar meus sapatitos a deitar fumo da fricção e já só penso que tenho que o manter naquela velocidade baixinha até ele encostar ao sinal de stop que está a uns metros. Porque se eu o deixo embalar, vai a puta do sinal à vida e acabo eu e o carro no meio da via rápida!

Eis senão quando o carro pára! Eu estou capaz de começar a gritar "Milagre! Milagre, irmãos!" quando puxo o travão de mão e vejo um velhote agarrado ao meu pára-choques! Agradeço profusamente mas o senhor era mudo e tinha cara de poucos amigos. Acho que me escapei de um chorrilho de "deixam as gaijas conduzir e é isto..." graças à sua ausência de fala. Resultado: tenho um pézito arranhado e uma nódoa negra de tamanho gigante no meu derriére que me dói comó caraças!

É por estas e por outras que o cabrão do Camões vai levar um enxerto tão grande quando eu o encontrar! E, da próxima vez, faço o teste e calo-me!

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