Temos, então, que ontem era dia de teste conforme se pode comprovar pela produção de posts. Temos, então, que era segunda chamada uma vez que aqui a menina teve uma ataqueta de indisposição que não lhe permitiu comparecer à primeira.
Posta na universidade, dirigi-me à senhora professora e anunciei minha presença. Ela informou-me que se havia esquecido do enunciado do meu teste. Mas não havia problema, ela tinha ali com ela o enunciado que havia sido usado para o teste da turma de dia e eu podia fazer esse.
Acontece, porém, que aqui esta menina tinha tido acesso a esse enunciado há umas 2 ou 3 semanas. Acontece até que ali, mais ou menos, entre o 2º e o 3º post de ontem, estive a resolver esse teste. Se eu podia ter ficado calada? Podia... Mas não... "Professora, não pode ser. Eu já vi o enunciado e até já o resolvi." "Pronto, Ice. Fazemos então para a semana?" "Com certeza..."
Bonito, não é? E até foi genuíno. Não foi medo de que ela descobrisse nem nada. Foi sinceridade pura.
Saída da faculdade, dirijo-me ao parque de estacionamento. Quando vou pagar, faltam-me 2 cêntimos... 2 míseros cêntimos! Vou ao carro e vasculho tudo em busca de uma puta de uma moeda. Encontro, finalmente, uma de 5 cêntimos. Volto à máquina e, entretanto, já passara a barreira de mais um quarto de hora e agora já faltam 12 cêntimos. Percorro não sei quantas ruas à procura de um multibanco. Encontro, consigo, finalmente, pagar e vou à minha vida!
Por vida, entenda-se ir pôr gasolina que o gaijo tem a mania de não andar sem isso. Boto o combustível na viatura, vou à loja pagar e, quando estou a menos de 1 metro do carro, ele começa a andar para trás!!! Sozinho. Qual filmezito... Visualizo mentalmente a ausência de puxada do travão de mão. Boto-me a correr, enfio a chave na fechadura (claro que o comando está avariado!), abro o carro, a descida a acentuar-se, eu a tentar abrandá-lo, quiçá naquela de me atirar em voo lá para dentro. Já estou, qual filme parvo, de porta aberta, de costas para a porta, a imaginar meus sapatitos a deitar fumo da fricção e já só penso que tenho que o manter naquela velocidade baixinha até ele encostar ao sinal de stop que está a uns metros. Porque se eu o deixo embalar, vai a puta do sinal à vida e acabo eu e o carro no meio da via rápida!
Eis senão quando o carro pára! Eu estou capaz de começar a gritar "Milagre! Milagre, irmãos!" quando puxo o travão de mão e vejo um velhote agarrado ao meu pára-choques! Agradeço profusamente mas o senhor era mudo e tinha cara de poucos amigos. Acho que me escapei de um chorrilho de "deixam as gaijas conduzir e é isto..." graças à sua ausência de fala. Resultado: tenho um pézito arranhado e uma nódoa negra de tamanho gigante no meu derriére que me dói comó caraças!
É por estas e por outras que o cabrão do Camões vai levar um enxerto tão grande quando eu o encontrar! E, da próxima vez, faço o teste e calo-me!
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