terça-feira, 10 de maio de 2011

Not even God can sink this ship...

A cardiologista era a fotocópia da Callie Torres mas brasileira. Sim, a minha mente tem esta capacidade de tergiversar mesmo quando estou acagaçada a pensar que vou morrer a qualquer momento. Manda-me despir e pôr numa determinada posição (antes de ontem, a última vez que me tinham pedido tal coisa também me deve ter subido a te(n)são). Vamos começar e a fatídica pergunta: "Está calma?" Sim, Callie, estou aqui de mama esquerda ao léu enquanto passeias a maquineta das ecografias no meu coração para determinares se tenho qualquer coisa que me faça quinar sem aviso prévio, mas estou na boa, pá.

Medições, corações a bater (a última vez que tinha ouvido um coração a bater numa eco foi o de Picolé... Saudades...), vira, mexe, remexe, revira. Levanta e veste.

- Sim, Doutora?
- Faz desporto?
- Não faço grande coisa. Ando e comecei a correr um bocadinho.
- Não corra. Para já não. (Lá está! O desporto faz mal. Eu sempre achei e depois disto tenho a certeza!)
- E???
- Não vejo nada no coração. Está com os batimentos altos, sim, mas não vejo nenhuma deformação. É uma pessoa ansiosa?
- Hummmm... Talvez ultimamente...
- Vai marcar consulta com a médica que a assistiu. Até lá, vai ter que se manter longe de qualquer coisa que lhe cause ansiedade... (sorriso à lá Mona Lisa)
- Tá bem. Obrigada...

1. Ainda não foi desta que me partiram o coração de forma a ser visível numa ecocardiografia (Take that, Mr. Big!!!)
2. Será que a Callie acredita mesmo que eu consiga manter distância das coisas que me causam ansiedade? Really? Seriously? A mulher esquadrinhou o meu órgão vital principal e não aprendeu nada acerca de mim? Se bem que aquele sorriso à lá Mona Lisa...
3. Segunda-feira lá volto eu para ser esquadrinhada em busca da causa da minha near death experience. Se continuarmos a eliminar hipóteses desta maneira, não tarda, isto vira caso para o Dr. House...

Obrigada a vocês todos por se preocuparem. It means more than I can say...

Sem comentários: