segunda-feira, 11 de abril de 2011

O que eu já me ri hoje, rende para a semana toda, pá.

Temos, então, que minhas amigas estão mais amofinadas que eu com minha vida amorosa. A história é simples e resume-se em 3 linhas:
"- Bom dia.
- Bom dia. Vou ali a outro país e já venho. Embarco, tipo, agora!
Já lá vão quase 10 dias e nem água vai nem água vem. The end!"
Elas gostariam de me ver tomar uma atitude. Armar a puta. Gritar e espernear. Not my style. Estou aqui que me mordo toda mas zen. Absolutamente zen. Estilo: se tiver que ser meu, será. E temos que admitir que esta desculpa, sempre é mais original que o vou ali comprar cigarros. Tem mais estilo. Há que admitir isso.

O problema é que as minhas Hello Kitties fofinhas sentem-se defraudadas. Elas viam coraçõezinhos e brilhinhos por todo o lado e agora sentem-se desiludidas. E eu entendo isso. Só que essa desilusão fá-las tomar atitudes e elaborar planos mirabolantes para descobrir a data de regresso daquele que se foi. Sim, que eu danada que estava naquela manhã, há muitas horas atrás, recusei-me a perguntar. O que as miúdas se esquecem é que:

a) Eu sou a gaja menos gaja que existe à face da terra! Logo, aqueles pormenores que qualquer gaja guardaria para usar mais tarde, a mim desvanecem-se como água em solo poroso.

b) Iceberg + Plano = Coyote = Barra de dinamite = Ferimento auto-infligido.

Ou seja, em 24 horas foram elaborados 2 planos infalíveis. O primeiro acabou com um telemóvel quase enfiado dentro de uma fritadeira industrial. No segundo, a coisa correu tão bem, mas tão bem, que o mais semelhante ao resultado do plano é mesmo um sketch do Bruno Aleixo. Aliás, o Bruno Aleixo que me desculpe mas nem ele conseguiria um 'flop' destas proporções. 

Eu digo-vos, o que eu já me ri, hoje, ao longo do dia, com o relato do resultado do plano é coisinha para durar muitos e muitos dias. Talvez seja por isto que não se morre de amor. Porque quando pensamos que não aguentamos mais uma desilusão, que não teremos força para nem mais um dia, há alguém que nos faz gargalhar. Há alguém que nos faz ver que na vida há mais do que a paixão. Há sempre alguém que nos faz ver que "aunque éste sea el último dolor que ella me causa, / y éstos sean los últimos versos que yo le escribo", a vida continua e mesmo que a coisa tenha corrido mesmo muito mal, será sempre uma boa história para contar.

1 comentário:

Anónimo disse...

roubei-te um excerto, sim?
só para ler várias vezes e acreditar ;)