terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vamos lá a ver se a gente se entende...

Desde os meus 20 anos que tenho este problema. Quase metade da minha vida com o mesmo problema. E, mais grave, sem qualquer ideia de como o resolver.

Acho que ouvi a primeira vez, ai pelos 19 anos, o melhor amigo do gaijo com quem andava a desancá-lo porque ele não devia andar comigo porque ele era um Casanova e eu não era para brincar. Era para casar.

Perdi a conta às vezes que ouvi o discurso 35 de como eles não me queriam magoar como se eu fosse uma flor de estufa.

Fui pedida em casamento 3 vezes, por 3 homens diferentes, antes dos 25 anos (esta não sabias, não era?).

Os homens olham para mim e vêem um rancho de filhos, jantar na mesa, cheiro de tarte de maça e o até que a morte nos separe.

E quando eu lhes tento explicar que apenas acredito no que seja infinito enquanto dure, encaram-me incrédulos e acham que é charminho e pedem-me que não racionalize as coisas. Eu bem tento explicar que não, que apenas quero viver o dia-a-dia, que não faço planos, que já vi a minha dose de planos de para sempre a desmoronar como castelos de cartas. E depois desisto de tentar explicar seja o que for. Não vale a pena gastar o meu tempo a explicar-lhes que só acreditei no para sempre uma vez e em destino duas. 

Em vez de gastar o meu latim nisso, vou antes ali mexer, mais uma vez, o panelão de doce de abóbora.

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