quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os gaijos são as novas gajas

Eu já estava convencida disso há muito tempo mas desde que me decidi a dar 'abébias' ao sexo forte, tenho a certeza absoluta.
Eu ainda sou do tempo (e com frases destas se vê como não estou a caminhar para nova) em que se um homem tinha algum interesse por uma mulher seguia um de dois caminhos:

a) Made a move e encostava-a a um qualquer canto na primeira oportunidade que tivesse. Ela que se aguentasse à bomboca e caso fosse recíproco que retribuisse.

b) Dava-lhe a entender de forma clara e inequívoca o que sentia/queria/pretendia. Mais uma vez, ela que se aguentasse à bomboca e caso fosse recíproco que retribuisse.

Em pleno século XXI, os gaijos lançam pistas subtis (tipo deixar cair o lenço e assim), ficam à espera que elas telefonem e, caso elas não o façam, vão-se queixar aos amigos que elas não lhes ligam nenhuma.

Ora, isto era o que eu estava habituada que as gaijas fizessem no 'antigamente'. Agora os papeis inverteram-se. Estou baralhada, que estou. 

Outra mito que se inverteu é aquele de as mulheres não saberem o que querem. Falso, meus caros Watsons! Diz-me a experiência recente que os gaijos agora são os senhores "I can't decide what I want". Pois que num dia estão a proclamar que a amizade é o único sentimento que podem oferecer. No dia a seguir, anunciam que não lhes somos de todo indiferentes e que têm 'the hots' por nós. Num dia, suspiram resignados que há coisas que não podem acontecer. No dia a seguir, fazem cenas de ciúmes se olhamos para o lado. Mais uma vez, este não faz o amor nem se retira de cima me parece coisa de quem? Pois... Coisinha para qualquer gaijita do século XX, não? Yeap...

Sabem que vos digo? Sinto-me a modos como o próprio Mr. Darcy a tentar descortinar os sentimentos da miúda. Sendo que como heterossexual assumida me sinto um bocado lésbica. Ora, se é para ser lésbica prefiro experimentar the real thing que eu quer-me cá parecer que é capaz de ser bastante agradável a certos níveis...

E agora que já despertei a imaginação dos dois leitores e meio (gaijos) deste blog, vou ali urdir um plano maquiavélico para embebedar um gaijo para ver se o consigo perceber. Sim, eu sei que é algo que as gaijas usavam como desculpa para certos e determinados comportamentos que não tinham coragem de assumir sóbrias. Com tanta adopção de atitude de gaija, mais uma menos uma...

6 comentários:

Fusão do Atomo disse...

Será assim?

Se somos explicitos, (opá que é um bruto)

Se somos timidos, (opá que falta de sensibilidade para a coisa)

Decidam-se Mulheres

Beijos.......não tenho escrito mas leio sempre
(falta de tempo)

nsilveira disse...

sim, também já tive esse insight junto de várias amigas. são umas meninas. não tenho a menor pachorra.

Anónimo disse...

"Made a move e encostava-a a um qualquer canto na primeira oportunidade que tivesse. Ela que se aguentasse à bomboca". E caso não fosse recíproco?
Isto cheira-me a violação! Perfeito disparate estar a instigar tal comportamento. Se eles deixaram de ser assim, só fizeram muito bem. O respeito é muito bonitinho.

Iceberg disse...

Fusão, a questão é que agora não temos meio termo. Temos um bando de filósofos que se dedica a dissecar a temática amorosa em vez de viver o amor. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Beijos

Iceberg disse...

Pilar, temos que ter. Que remédio. Porque a culpa em parte é nossa. Ou melhor, das nossas mães e assim. Tnato reclamaram que agora nós que nos aguentemos à bronca.

Iceberg disse...

Anónimo, confundir um gesto de paixão ou sedução com violação diz muito acerca da sua mente...
Nunca lhe roubaram um beijo? É que é disso que eu estou a falar, não é de sexo numa viela.
Se não roubaram, tenho pena. Muita pena...